quinta-feira, 21 de agosto de 2014

Season in review - Dallas Stars

Campanha: 40-31-11, 91 pontos, 8° na conferência, 16° na liga.
Estatisticas: Média de 2.82 gols marcados por partida, média de 2.72 gols sofridos por partida, aproveitamento de 15.9% em power play, eficiência de 81.4% em ocasiões de penalty kill.
Lideres: Tyler Seguin (37 gols, 47 assistencias, 84 pontos), Jamie Benn (+21, plus/minus), Kari Lehtonen (33 vitorias, 2.41 GAA, .919% svs)
Estatisticas avançadas: Corsi a favor de 57.5 e contra de 56.4 com diferencial de +0.9, corsi por porcentagem de 50.5%, média de 30.0 chutes disparados por partida, média de 29.1 chutes sofridos por partida.
Na foto: Lehtonen se colocou entre a elite de goalies da NHL, continuará lá em 14-15?




Análise: Todas (ou quase todas) equipes da NHL ao longo da historia tiveram uma dupla ou uma linha que fizesse sucesso e levasse a equipe a ganhar jogos e consequentemente levar a Stanley Cup. Se buscarmos na história recente da liga (1990-hoje) podemos usar como exemplo as duplas Steve Yzerman/Sergei Fedorov (Detroit Red Wings) e Joe Sakic/Peter Forsberg (Colorado Avalanche) que levaram 5 das 7 Stanley Cup's disputadas entre 1996 e 2002 (3 para Detroit e 2 para Colorado). Além dessas duas duplas, vale registrar também Mario Lemieux/Jaromir Jagr (Pittsburgh Penguins, Stanley Cup's em 1991 e 1992) e Mike Modano/Brett Hull (Dallas Stars, Stanley Cup em 1999, finais em 2000) além das linhas que carregavam suas equipes, tendo como exemplo a "A line" em New Jersey formada por Patrik Elias-Jason Arnott-Petr Sykora (Stanley Cup em 2000, finais em 2001) e a conhecida "Legião do inferno" que o Flyers montou com Mikael Renberg-Eric Lindros-John LeClair (Finais em 1997, 2x campeão de divisão). Mas essa mesma história também prova que duplas/trios não ganham Stanley Cup's sozinhos, como por exemplo: a dupla de Detroit também tinha Brendan Shanahan e Nicklas Lidstrom; Ray Bourque e Patrick Roy levavam o piano com a dupla do Avalanche; Ron Francis, Mark Recchi e Paul Coffey ajudaram Lemieux e Jagr; Joe Nieuwendyk e Sergei Zubov tinham esse papel em Dallas, o Devils do começo dos anos 2000 tinha Alexander Mogilny, Scott Stevens e Martin Brodeur; até nosso unico exemplo que acabou não ganhou a SC tinha nomes como Eric Desjardins, Rod Brind'Amour e Ron Hextall junto com a legião do inferno. Mas, o que isso tem a ver com o Stars? Voltando ao presente, o Dallas Stars foi guiado nesta temporada pela dupla formada por Tyler Seguin e Jamie Benn com grande ajuda do goalie Kari Lehtonen e com boas participações de Alex Goligoski, Valeri Nichushkin e Alex Chiasson. Mesmo dependendo quase que exclusivamente de boas atuações destes jogadores a equipe conseguiu, mesmo que a duras penas, garantir a sua ida aos playoffs em uma batalha complicada com o Phenix Coyotes, tanto que só conseguiu garantir a vaga na ultima semana da regular season, um jogo antes do confronto direto entre eles. Muito se falou das ótimas temporadas de Tyler Seguin e Jamie Benn, além da boa temporada do rookie Valeri Nichushkin mas Kari Lehtonen foi peça crucial para a franquia texana chegar aos playoffs. Nas estatisticas da liga, Lehtonen foi top10 em vitórias (8° com 33), starters (3° com 64), chutes recebidos (2° com 1.888), saves (2° com 1.735), shutouts (7° com 5) além de liderar a liga em jogos disputados (65) e em minutos jogados (3.803 minutos e 59 segundos) se estabelecendo como um dos 10-15 melhores goalies da liga nas próximas temporadas. Nos playoffs o Stars encontrou o Anaheim Ducks de Corey Perry e Ryan Getzlaf, ficou 0-2 na série e chegou a empatar em 2-2 com direito a shutout de Kari Lehtonen no jogo 3 mas acabou perdendo a série no 6° jogo.
Na foto: Nichushkin achou o lugar perfeito na lineup, a ordem agora é crescer.




Mvp: Tyler Seguin
» Temporada de Mvp para o center natural de Brampton, Ontario. Todas as temporadas de Seguin na NHL teve algum componente especial, a primeira foi no titulo do Bruins em 2011, em 2012 liderou a equipe em pontos durante a regular season (67 pontos em 81 jogos), em 2013 Seguin voltou as finais com o Bruins mas acabou perdendo para o Chicago Blackhawks. Nesta temporada quando foi para o Dallas Stars, assumindo o papel de protagonista que não teria em Boston e conseguiu elevar seu jogo ao nivel maximo consequentemente ajudando e muito o Stars em sua primeira ida aos playoffs desde 2008. A temporada de Seguin o deixou no topo da liga em diversos aspectos, de acordo com as estatisticas da liga, Seguin foi o 4° no quesito pontos (84 em 80 jogos), 5° em gols (37), 11° em assistencias (47), 14° em pontos marcados em situações de power play (25) e 4° em chutes a gol (294). No quesito posse do puck, Seguin teve o 3° melhor corsi por porcentagem da equipe, com ele no gelo o Stars tem em média 6 chutes a mais que seus adversarios por jogo.




Todd Bertuzzi trophy: Sergei Gonchar
» Gonchar foi para Dallas com a expectativa de ser uma peça importante para o roster da equipe e principalmente nas ocasiões de powerplay (coisa na qual Gonchar ganhou dinheiro por boa parte da carreira) além de ser uma opção experiente para a 2° par de defensemans mas Gonchar não conseguiu ter um bom desempenho na temporada. Apesar de ter um desempenho aceitavel em pontos de powerplay (14 dos 22 pontos que fez), pouco contribuiu nas ocasiões de 5 on 5 e no quesito posse do puck, com Gonchar no gelo o Stars sofria 3-4 chutes a mais do que disparava por periodo. Com as mudanças no roster, é possivel que ele perca espaço nas linhas principais.




Projeção para 2014-2015: A aquisição de Jason Spezza e Ales Hemsky na off-season fez do Stars un dos vencedores da "Stanley Cup de julho" junto com o NY Islanders e o Washington Capitals, mas parece não ser suficiente para combater as principais equipes da divisão. No gol, Kari Lehtonen deve continuar em grande fase, jogando 60+ partidas e ganhando a maioria delas. Defensivamente, Alex Goligoski e Trevor Daley tem tudo para repetir as boas temporadas que fizeram em 2013-2014 além do jovem e bom defenseman Brenden Dillon. Jordie Benn, Kevin Connauton e Jamie Olisiak podem formar um bottom-3 defenseman solido e acabar barrando o veterano Sergei Gonchar que foi muito mal na temporada passada. Ofensivamente, Rich Peverley é a grande duvida para 14-15 após passar por uma cirurgia no coração decorrente do incidente acontecido em março. Jason Spezza e Ales Hemsky colocam o Stars um nivel acima mas Erik Cole não dá sinais de ser o parceiro ideal para a dupla tanto que o prospect Brett Ritchie pode beliscar a vaga de Cole na lineup, Antoine Roussel-Cody Eakin-Ryan Garbutt formam uma das melhores terceiras linhas da NHL e isso pode ser uma vantagem em relação aos concorrentes, Valeri Nichushkin vai ter a oportunidade de seguir desenvolvendo seu jogo ao lado da top line da equipe com Tyler Seguin e Jamie Benn, dessa dupla se espera que no minimo repitam a temporada que fizeram em 13-14. A competição na divisão central será complicadissima e não seria surpresa se o Stars ficasse fora dos playoffs.
Palpite: Fora dos playoffs (draft pick 10-14)

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